NOSSA CONFRARIA

Somos um grupo de mulheres de profissões diversas e um interesse comum: o VINHO. Nos reunimos mensalmente na terceira terça-feira do mês. Uma de nós é escalada como responsável pelo evento: escolhe o local do encontro, os vinhos e o que vamos comer. Sempre há um tema proposto pela organizadora e como será a degustação. Às vezes às cegas, outras não. Procuramos escolher temas diferentes, vinhos diferentes e no final, nos divertimos bastante. Tudo é levado muito à sério, ao mesmo tempo, com descontração. (Na foto: Isa Pudles, Sueli Rita, Marian Guimarães, Márcia Toccafondo, Maria do Carmo Bado, Eunice Rocha, Ana Teresa Londres, Marlene Beck, Sandra Lunedo, Analzira Carneiro e Mônica Meira. Está faltando nossa presidente, Sandra Zottis)

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Château Smith Haut Lafitte na Confraria Feminina do Vinho de Curitiba

Ontem, dia 17 de outubro de 2017, em noite agradável primaveril curitibana, tivemos mais uma reunião mensal da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba, que normalmente acontece na terceira terça-feira de cada mês. O encontro foi no restaurante La Varenne, no Pátio Batel. A cada encontro a certeza de que estamos aprendendo e degustando sempre os melhores vinhos. As estrelas da nossa noite foram os 2 rótulos da vinícola francesa Château Smith Haut Lafitte, da região de Pessac, Leognam, Bordeaux e 1 rótulo do Château Haut Sarpe, de Saint Emilion, Bordeaux. O primeiro vinho foi um branco maravilhoso: Les Hauts de Smith, com 100% Sauvignon Blanc; safra 2012; 13% teor de álcool; com aromas de frutas amarelas e brancas (pêssego branco, damasco e manga), flores de acácia e notas de baunilha doce. De perfeita acidez, persistência e frescor, a maturidade das uvas concede ao vinho sabores deliciosos de frutas amarelas como pêssego, manga madura e especiarias. Unanimidade de bis por parte das confreiras presentes. O segundo vinho foi o tinto Le Petit Haut Lafitte, safra 2010; com 14% de teor alcoólico. Na composição das uvas: 55% Cabernet Sauvignon e 45% Merlot. Esse tinto  elaborado com os mesmos cuidados do Gran Cru, mereceu nota 91 pela revista Wine Spectator e pode ser saboreado agora, como nós fizemos, ou até o ano de 2021. Aromas deliciosos de framboesas silvestres, notas de alcaçuz,  toque floral de violetas e chá preto... Divino! Sobre o terceiro e último vinho o rótulo fala por si: Grand Cru Classé Château Haut Sape, safra 2008; 13% de teor alcoólico; uvas Merlot (70%) e Cabernet Franc (30%); 18 meses em barricas de carvalho francês sendo 30% novas; com estimativa de guarda de até 10 anos. No nariz emana notas de cassis e framboesas maduras, folhagem úmida e alcacuz. Em boca tem muita elegância, charme e equilíbrio, com ótima persitência no final de boca e é simplesmente... memorável!
Além dos vinhos, o Château Smith Haut Lafitte é também detentora da marca de cosméticos orgânicos Caudalie, cuja matéria prima é totalmente extraída da videira e que dela tudo se aproveita: uva, sementes, caule e flores. A confreira Maria do Carmo Bado, foi a responsável pela apresentação dos rótulos da noite e, para o encontro, convidou o gerente nacional de varejo da Caudalie, Cesar Brito, que nos presenteou com os dois vinhos do Château e que são raros aqui no Brasil e nos apresentou a linha de produtos da Caudalie, feitos com produtos extraídos das parreiras da vinícola.
César Britogerente nacional de varejo da Caudalie, explicou entre outras curiosidades, que a marca de cosméticos é orgânica e a matéria-prima é retirada das próprias videiras do Château Smith Haut Lafitte . A Caudalie tem seus produtos patenteados e são 3 as patentes: Polifenol, extraído da semente da uva; Resveratrol, encontrado na pele e na semente da uva, sendo um firmador da pele e a Viniferina que é a seiva retirada do caule da videira, que trata a pele clareando e retirando manchas, deixando-a com a aparência jovem e aveludada.
Da esq. para dir. as confreiras: Sandra LunedoMaria do Carmo BadoAnalzira CarneiroMárcia ToccafondoIsabel (Isa) Pudles, Marlene Beck, Mônica Meira e Sueli Rita Floriani Martinez.

A gastronomia da noite foi assinada com muito capricho pela dupla Felipe e Mayra do La Varenne. Entrada:Ratatouille de legumes frios...para acompanhar o vinho branco do Château Smith Haut Lafitte.
Hhhhuuummm... 
amei!!









Fetuccine com Courgette au Citron acompanhado do ...







Belo tinto de cor linda rubi intenso e brilhante: Le Petit Haut Lafitte 2012. Ficou na minha memória olfativa e gustativa... especial demais! 





E como o tema foi a França nada melhor do que um Coq au vin com legumes para acompanhar o tinto posudo Grand Cru Classé Château Haut Sape.
 A sobremesa escolhida foi a Torta mousse au chocolate... sem erro!
Noite para não cair no esquecimento.
Confira o site do  Château Smith Haut Lafitte em:  https://www.smith-haut-lafitte.com/ e o da Caudalieem: https://br.caudalie.com 
Fotos por Márcia Toccafondo, Sandra Lunedo e Sueli Rita Martinez.

terça-feira, 21 de março de 2017

A Confraria Feminina do Vinho de Curitiba pelos vinhedos da Serra Gaúcha

No ano em que a Confraria Feminina do Vinho de Curitiba, registra seu 12º ano de existência, um novo motivo, levou oito das onze confreiras as terras gaúchas de Alto Feliz, Bento Gonçalves e Flores da Cunha, para viver as experiências das vindimas, no vale dos vinhedos, desse estado, rico em aromas e sabores e pelo orgulho do trabalho de seus filhos gentis.
Em 16/02/2017, as confreiras (esq p/ dir), Eunice Rocha, Mônica Meira, Analzira Carvalho Carneiro, Sandra Lunedo, Maria do Carmo BadoSueli Rita Floriani de Martínez, Sandra Zottis e Márcia Toccafondose encontraram no aeroporto Salgado Filho, prontas e animadas, para viver quatro dias de visitas e conhecimento sobre a produção dos vinhos desse vale.
A primeira vinícola foi a Don Guerino, localizada na Rua dos Vinhedos, em Alto Feliz – RS. A família Motter, em 1880, trouxe a paixão pelo vinho da Itália. O terroir da Don Guerino, apresenta um micro clima, com exposição solar e boa ventilação, solos argilosos e profundos em um clima naturalmente temperado. As uvas, que se transformam em vinho, são: Moscato Branco, Giallo e Hamburgo, Chardonnay , Sauvignon Blanc e Riesling, entre as brancas. Tintas:  Malbec,  Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, Pinot Noir e pela primeira vez, nos foi apresentada o vinho da uva Teroldego, essa que é típica de Trento na Itália. Foi uma apresentação feliz. A confraria achou o nome da uva muito interessante e se não todas, a maioria adquiriu garrafas de vinho dessa uva.
A vinícola Don Guerino comercializa seus vinhos em algumas lojas do Mercado Municipal de Curitiba. Almoçamos no Sapore & Piacere – Café Cucina I Altri, situado à Rua: Dr. Casagrande, 500 esq. Visconde São Gabriel – Cidade Alta -   Bento Gonçalves – RS. Um local adorável e com apresentação de pratos coloridos, deliciosos, arrumados de tal forma, que nos encheu o olho e o coração de mimos e agrados em meio a uma decoração muito feminina e aconchegante. Ao final, fomos agraciadas com um bolo de especiarias, maravilhoso.
À tarde, estávamos na vinícola Miolo. O dia ensolarado em muito contribuiu para que desfrutássemos das paisagens desse lindo lugar. A arquitetura, o spa, as pequenas colinas, o verde abundante, que formam o complexo enoturístico da Miolo, nos transportaram para algumas regiões italianas. A recepção sorridente e calorosa do nosso grande amigo do vinho Avelino, tornou tudo próximo e familiar. Assim, fizemos parte de um grupo seleto de privilegiados que foram conduzidos a conhecer e ver todo o vale da Miolo, desde a alta torre, que faz parte do Complexo. Turistas não tem acesso a esse lugar. As amantes da fotografia, se deleitaram. A família Miolo, é de origem italiana, do Venêto e começaram a plantar uvas em 1897, apenas para consumo e vendas da uva. Assim, o formato escolhido para abrigar as parreiras foi a latada, que se mantém uma ali, como uma lembrança nostálgica dos tempos que já passaram, mas que enche de charme o complexo Miolo.
A uva por excelência, da vinícola Miolo é a Merlot. Porém, há plantações de várias outras uvas e lá também está a Teroldego. A sala de degustação é maravilhosa, muito bem iluminada e seus balcões estão dispostos em um semicírculo, tipo arena.  Os andares que se elevam desde essa distribuição, permite visão limpa e ninguém está na frente de ninguém.
Na Miolo, provamos entre outros bons rótulos, o Lote 43, uma das grandes produções dessa vinícola e fomos presenteadas com uma bela taça de espumante grifada. 
À noite, nos esperava com uma experiência gastronômica absolutamente incrível. O Valle Rustico, www.vallerustico.com.br, é um desses lugares, que você conhece e não esquece jamais. O menu degustação que varia de 8 a 12 pratos, nos foi servido na porção total e da qual fizemos questão de provar e deliciar tudo! A imersão na Cozinha de Natureza, numa conexão Homem e a amada Terra, a biodiversidade local, o relacionamento com produtores orgânicos, resgate de técnicas antigas de preparo, o processo criativo, utilizando somente o que a mãe terra tem para nós oferecer hoje! Diante dessa perspectiva, nós deliciamos com: Grissini de polvilho, pão de alho, foccaccia e espumante orgânico. Do mar: dourado do mar assado com Ora-pro-nóbis. O melhor prato do verão?  Risoto de tomates, cozidos por 17hs no azeite de oliva. Sabor dos campos? -  Cordeiro assado, com farofa de alho e chutney de beterraba. Sobremesa: biscuit de erva mate, torta de amora e piem de doce de leite, entre outras delícias. Na foto acima conosco, o chef Rodrigo Bellora proprietário do Valle Rustico Restaurante de Garibaldi.
No dia dezessete de fevereiro, logo pela manhã estávamos na vinícola centenária Salton, localizada no distrito de Tuiuti, pertencente a Bento Gonçalves. Tudo lá impressiona. O tamanho da vinícola e suas instalações arquitetônicas. O prazer em registrar toda a história da vinícola nas paredes seja na forma de quadros, tapeçarias tipo  “Gobelains” ou em “tromp L’oil” no teto do hall, onde registram a gratidão pela ancestralidade, os amigos, as famílias e os empregados, todos unidos  pela paixão ao vinho. Muitos funcionários, trabalharam ou ainda estão na Salton, por uns 40  anos. A Salton, foi fundada em 1878 .É uma das vinícolas mais antigas do Brasil. São os produtores do Conhaque Presidente, que é produzido e comercializado em São Paulo. E o vinho Presidente, hoje não mais produzido, foi o vinho do Governo Getúlio Vargas. São 25 milhões de litros produzidos anualmente. Os caminhos percorridos, por dentro da Salton, nos levam a corredores decorados com anjos, cor e devoção. A música é sacra. Os dois cálices dourados, lá expostos, lembram que quando os Papas Bento e Francisco, estiveram no Brasil, beberam os vinhos da Salton. A réplica dos cálices estão lá e seus desenhos falam do estilo de cada Pontífice. O cálice usado pelo Papa Bento é pequeno, porém dourado e decorado externamente por relevos. A do Papa Francisco, é lisa, simples, porém maior! Tudo é orgulho e muita história para contar.







Provamos um dos ícones da Salton, o vinho tinto Desejo, safra 2011. Depois o Talento, safra 2011. O Brut Evidence, alguns sucos e a novidade, o Grape Tea. Deliciosos!





Nossa agenda, nos levava agora para a deliciosa instalação rural, de onde tudo começou, para a Família da Dal Pizzol, vinhos Finos. Ela está localizada na Rota Cantinas Históricas de Bento Gonçalves. O museu, os antigos maquinários, os incríveis parreirais, desde o primeiro formato, hoje carregados com a uva Goethe, até os mais diversos tipos de uvas, ali plantados, gritam para mostrar, que no Brasil, tudo que se planta, cresce e aparece. O amor pelo vinho e tudo o que ele encera, está em plantar nessa imensa área verde, árvores como a “Quercus sp” ou  Carvalho europeu. Dessa árvore, se faz os barris de carvalho.
O dia de sol, a exuberância verde, os locais destinados, para o doce deleite, dos pic nics com amigos e familiares, as casas baixinhas e antigas, que renderam ótimas fotografias para as confreiras, tudo nos abraçou de encanto. Entre outros exemplares da Dal Pizzol, provamos o vinho Do Lugar – Cabernet Franc, safra 2014, o Ancellotta, safra 2014, o Espumante Rosé, fresco na boca e muito agradável aos olhos. 
À tarde, cheia de história, encontro, gratidão e boas surpresas, veio com a visita a pequena, enxuta e imperdível espaço de produção dos excelentes espumantes de Adolfo Lona. O método é o Charmat e o Tradicional, esse que é utilizado na região de Champagne na França e conhecido como Champenoise. É o método no qual a tomada de espuma e maturação é realizada na própria garrafa de comercialização.
O processo artesanal de Adolfo Lona, permite produzir o espumante Nature, Brut e o Orus, o único Nature Rosé do Brasil e com ciclo total de produção de 24 meses. O espumante Orus Pas Rosé, é elaborado pelo método tradicional, com ciclo de 24 meses, 12 maturando sobre as leveduras e 12 envelhecendo com a rolha definitiva, quando ganha sutileza e elegância. Três variedades de uvas compõe esse belo exemplar: Pinot Noir, Chardonnay e uma pequena parcela de Merlot. Os espumantes dessa casa, são na sua imensa maioria comercializados em restaurante, especialmente na cidade do Rio de Janeiro, Porto Alegre e em Curitiba, na loja de Luís Groff. O próprio Adolfo Lona, nos deu uma aula sobre como abrir um espumante, sem fazer barulho, sem deixar a bebida “nervosa”, apenas, por favor, deixe-a bem gelada! Adolfo Lona, nos presenteou com uma pequena garrafa de espumante e um boné, com sua logomarca. Foi um show!
Seguia a bela e quente tarde de sol. Agora estávamos a caminho de vinícola Almaúnica, do Brasil com orgulho. Nos esperava, sorridente e com os olhos mais vivos do planeta a Diretora da vinícola Magda Brandelli Zandoná. Ela e seu irmão gêmeo Márcio Brandelli, contam, para quem quiser ouvir a saga dos irmãos, que um dia resolveram fazer as mesmas coisas que seus pais e irmãos mais velhos também fazem, produzir vinho com muita paixão.
A Almaúnica, foi fundada em 08/08/2008, e se expressa produzindo garrafas limitadas de cada vinho tinto ou branco e de seus belos espumantes, esses pelo método tradicional ou Champenoise. O cenário criado pela vinícola, aposta na qualidade total da atração. Assim seus espaços, internos são modernos e cleans e estão em perfeita conjunção com os 3,0 hectares de vinhas onde as pessoas que lá estiverem podem desfrutar, caminhando por toda a área plantada de Cabernet Sauvignon, Merlot e Chardonnay. Tal poder de atração, aposta na tipicidade de vendas da produção. A Almaúnica, aposta nas vendas diretas, sem intermediários e parece, que a estratégia, não só dessa vinícola, está dando certo. O casal de gêmeos, está feliz, fazendo o que mais gostam de fazer. Estar nessa vinícola, com toda a energia linda da Magda, abrindo todas as garrafas como se fossem troféus, foi muito agradável.
Jantamos na Casa di Paolo – Pipa Pórtico, sempre levadas por Sandra Zottis, presidente da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba, que não poderia nos deixar sem provar o famoso e indiscutivelmente melhor galeto do mundo, que está no Rio Grande do Sul.
Sábado, 18 de fevereiro, estamos a caminho da Chandon do Brasil (grupo LVMH) com sua exclusiva Chandon Brasil em Garibaldi. Todo o charme, dessa casa francesa no Brasil, que só pela sua existência, demonstra que sim, há valor nesse solo, que insiste em dar bons frutos para raros espumantes. A casa, pertencente ao grupo Moet&Chandon,  da região francesa de Champagne, não produz fora da França, nada pelo método tradicional ou o champenoise. As garrafas chamam a atenção pelos tamanhos variados, desde 187 ml, 375 ml, 750ml, a Magnum com 1500ml, a Jeroboam 3000ml e o colors colletion, 1 -  garrafa 750 ml  + 2 taças coloridas. O tamanho jeroboam é aquele clássico tamanho, estourado nos finais das corridas de Fórmula 1 e outros esportes igualmente merecedores de tal acompanhamento. 
Na Chandon, fomos muito bem recebidas e conduzidas por Rafael Smaniotto.
Seguimos agora para a vinícola Angheben, um local completamente diferente, situada no Vale dos Vinhedos. Uma família sorridente, nos recebeu para dizer entre outras coisas, que produz o melhor vinho da região, porque produz as melhores uvas, as transforma em vinho e depois comercializa para todo o Brasil. Aqui entre as trocas de conhecimento, Sandra Zottis, voltou a enfatizar sua teoria de que os vinhos tintos, deste estado merecem envelhecer, pelo menos cinco anos ou mais, para depois abrir e assim, deixar o tempo fazer também a sua parte, a parte das pazes com os aromas, sabores e todo o potencial que o vinho dessas terras pode trazer. Nessa vinícola, todas as confreiras também conversaram entre si sobre, as observações de que os espumantes são muito bons, os brancos são agradáveis e os tintos são, na sua maioria, muito ácidos. As colocações são para tudo o que já havíamos experimentados até aqui. A Angheben produz brancos, Chardornnay. Vinhos tintos da uva Barbera, Pinot Noir e Teroldego, dessa tiraram até as sementes, para compor como elementos decorativo, das  instalações. A produção varia bastante, porque a Angheben, não tem compromisso com essas uvas, mas com as melhores produzidas a cada ano, na região.
O almoço, foi no Restaurante My Way, situado na Rua: Francisco Ferrari, bairro Barracão. Coisas de Sandra Zottis, que conseguiu que Pai e filha, ambos “Chef” abrissem seu restaurante e cozinhassem somente para nós. Um restaurante que também é a casa dos moradores, que recebem seus clientes e amigos na ampla sala ao lado da cozinha, de modo informal e filosófico, pois a casa é assim decorada, com motivos de várias religiões e filosofias. Os pratos, preparados desde a entrada até a salada, com muito sabor, cor, aroma, textura e o vinho sempre presente.
Em mais uma exuberante tarde de calor e muito sol, lá estávamos nós na vinícola familiar Cave Geisse, vinhedos de terroir. No Brasil, terroir Pinto Bandeira e no Chile terroir Marchigue. 
Esta vinícola, produz espumantes brancos e rosés. São nove variações sobre o mesmo tema, entre eles estão os do tipo, brut, nature, rosé brut, blanc de blanc brut,  blanc de noir brut, extra brut, terroir nature e o  terroir rosé. O método, sempre o tradicional.  Em parceria com a família Dumont, produtores da região da Champagne, esta vinícola lançou o primeiro Champagne com alma brasileira: Cave Geisse Philippe Dumont Premier Cru, essa Champagne  é produzido na França. As uvas de toda essa seleção são Chardonnay e Pinot Noir.  





O belo jardim da Cave Geisse, com cadeiras, bancos, pufs, grama, árvores frondosas e flores, muitas flores, estavam à disposição para quem dele quisesse usufruir no encontro consigo mesmo, com seu parceiro, amigos e familiares, naquela deliciosa tarde de sábado. Um “truck” abastecia de pequenos lanches, para aquela fominha de final de tarde, sempre acompanhado de uma boa conversa, risadas e vinhos. 



Domingo pela manhã, dia 19, e o destino agora era a vinícola Luiz Argenta em Flores da Cunha. Tudo impressiona lá. Os hectares plantados, os tons de verde, a vista das sacadas das modernas instalações, arrasam no visual.
Foi absolutamente delicioso estar desfrutando das instalações da vinícola e do moderno restaurante Clô. As surpresas não pararam por aí. A produção e as garrafas, com formatos absolutamente decorativos, desde os vinhos e as taças, tudo é colocado para encantar e as confreiras adoraram, cada detalhe. O almoço, com propostas de pratos muito interessantes, trouxe surpresas como peixe da Amazônia, entre outras possibilidades gourmet. A visita, por toda a vinícola ainda traria surpresas, como na arquitetura do interior, cujo último piso, revelaria uma quantidade de pedras, nativas, encontradas e que foram totalmente aproveitadas, nessas dependências. Assim, a temperatura é mantida, por toda a cave, de modo natural. O teto, com grandes quadrados côncavos, permitia experimentar a audição, do que se estava falando em qualquer ponto da imensa sala de degustação e descanso da produção vitivinícola. O enólogo da Luiz Argenta, mantem as garrafas ali, descansando ao som de belas músicas, como quem embala a mais linda e rica criação, o Vinho! TimTim!!
Texto: Sueli Rita Floriani de Martínez
Fotos: Márcia Toccafondo