NOSSA CONFRARIA

Somos um grupo de mulheres de profissões diversas e um interesse comum: o VINHO. Nos reunimos mensalmente na terceira terça-feira do mês. Uma de nós é escalada como responsável pelo evento: escolhe o local do encontro, os vinhos e o que vamos comer. Sempre há um tema proposto pela organizadora e como será a degustação. Às vezes às cegas, outras não. Procuramos escolher temas diferentes, vinhos diferentes e no final, nos divertimos bastante. Tudo é levado muito à sério, ao mesmo tempo, com descontração. (Na foto: Isa Pudles, Sueli Rita, Marian Guimarães, Márcia Toccafondo, Maria do Carmo Bado, Eunice Rocha, Ana Teresa Londres, Marlene Beck, Sandra Lunedo, Analzira Carneiro e Mônica Meira. Está faltando nossa presidente, Sandra Zottis)

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

VINHOS ROSÉS

OUTUBRO ROSA, PRIMAVERA, combinam bem com vinhos rosés. Alegres, frescos, fáceis de beber. Este foi o tema escolhido para nossa última reunião da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba. O encontro foi na Mercadoteca, organizado pela nossa presidente Sandra Zottis. Bem informal, como sugere o tema.

Os vinhos rosés são de consumo imediato, não são vinhos de guarda. Devem ser consumidos jovens. Hoje são elaborados com cuidados e muito consumidos no verão. São vinificados com castas de uvas tintas as mais variadas: Syrah, Grenache, Pinot Noir, Cinsault, Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional,  Malbec e outras. Dependendo da uva e do terroir, o vinho terá uma característica diferente. É elaborado em diversas partes do mundo. A cor deste vinho depende do tipo de uva e do tempo em que as cascas ficam em contato com o mosto.
Devem ser servidos gelados, numa temperatura entre 8 e 11º C. Os rosés franceses geralmente possuem uma graduação alcoólica  entre 11 e 13%; os esponhóis e italianos cerca de 12%; os californianos são mais alcoólicos, ficam em torno dos 14%.
Normalmente são vinhos refrescantes, com aromas de morangos, framboesas e um toque de especiarias. Geralmente leves, boa acidez mas alguns apresentam certa complexidade.
Harmonizam muito bem com saladas, queijos, embutidos e aperitivos. Os mais encorpados combinam com carnes brancas, aves, peixes, camarões e pratos com molhos mais condimentados.

Regiões de vinhos rosés:

França - Côte de Provence, Bandol, Tavel, Anjou, Sancerre, Corbières, Languedoc, Roussillon, Bordeaux.
Espanha - Navarra, Rioja, Ribero del Duero.
Portugal - Douro, Alentejo.
Itália - Toscana, com uva Sangiovese.
Autrália - Barrosa Valley, com uvas Grenache e Nebbiolo.
EUA - - Califórnia, com uvas Syrah, Grenche e White Zinfandel.
Argentina - com uva Malbec, e ainda Chile e Brasil.

No nosso encontro degustamos quatro rosés que foram acompanhados com queijos, salames, legumes grelhados e pão.

Começamos com um espumante francês,  RIVAROSE Brut, Provence, 12% de álcool. Leve, fresco, feito com uvas Syrah e Grenache. Cor rosado claro, brilhante, festivo. Importado pela Grand Cru e na loja custou R$99,00.

Em seguida degustamos o francês CHÂTEAU DE BERNE, ROMANCE, 2015, Côtes de Provence, 13,5% de álcool. Uvas Cinsault, Grenache, Carignan e Cabernet Sauvignon. Vinho típico da Provence, mas com um pouco mais de corpo. Importado pela Grand Cru e custou R$ 105,00.

O terceiro vinho, também francês, LE ROSÉ DE FLORIDENE, 2012, Bordeaux, produtor Denis Dubourdieu. Elaborado com uvas Cabernet Sauvignon, Merlot e Malbec e tem 12 % de álcool. Um rosa claro que acompanha bem um prato de camarão. Apesar de pouco álcool, o vinho tem mais corpo. Importado pela Porto a Porto.

Finalizamos a noite com um italiano, da região da Toscana,  BELGUARDO, Mazzei, 2014, elaborado com uvas Syrah e Sangiovese. Preço na loja R$ 92,00 e importado pela Grand Cru.

Presentes: Sueli Rita Martinez, Eunice Rocha, Isa Pudles, Ana Teresa Londres, Sandra Sotties, Márcia Toccafondo, Analzira Carneiro, Mônica Meira e Maria do Carmo Bado

SERVIÇO:
MERCADOTECA:
End:  R. Paulo Gorski, 1309 - Mossunguê, Curitiba - PR, 81210-220
Telefone(41) 3205-3901
Aberto das 10 às 22 horas.




sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Crepes saborosos e top rótulos italianos para a Confraria Feminina do Vinho de Curitiba

A reunião mensal da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba, aconteceu no último dia 20 de setembro de 2016, e como de costume, na terceira terça feira do mês. Na pauta para a noite, excelentes rótulos italianos e de grande potencial aromático, apresentados pela confreira Sueli Rita Floriani de Martínez, que nos brinda com a ata, sempre impecável, a cada reunião. Os vinhos foram harmonizados com deliciosos crepes e o local escolhido do encontro foi o Restaurante Ticiano, do Quality Hotel Curitiba, situado na Alameda Dom Pedro II, 740, bairro do Batel.
O Ticiano oferece nas noites das terças feiras como cardápio, o rodízio de crepes doces e salgados, no maior capricho da casa e agradou geral as confreiras. O primeiro vinho da noite foi o GAROFOLI ANFORA VERDICCHIO; Produtor: Macrina; País: Itália – Região: Marche; Uva: Verdicchio; Safra: 2013; Álcool: 12.5%; Cor: amarelo palha com reflexos esverdeados; Aromas: frutas frescas brancas, como a pera e notas cítricas, Sabor: frutado, notas cítricas, frescor e levemente mineral, Amadurecimento: em tanques de concreto. Estimativa de guarda: 3 anos. Tomamos em seu tempo certo. (Preço: R$ 97,00). O segundo vinho escolhido foi o SAIA  MAGNUM, Produtor: Feudo Maccari; País: Itália -  Região: Sícilia – Sub Regiâo: Siracusa;  Uva: Nero d´avola; Safra: 2011; Álcool: 14%; Cor: vermelho rubi com reflexos púrpura. Aromas de cerejas maduras, geleia de framboesa e especiarias. Evoluem para notas de chocolate, caixas de charutos e terra úmida; Sabor: equilíbrio perfeito entre taninos e acidez. Ameixa, café expresso, amora e framboesa. Amadurecimento: 6 meses em barril de carvalho. (Preço: R$249,00). O terceiro vinho a ser degustado foi um cuja uva primitivo é uma das minhas castas preferidas no vasto mundo vitivinícola: PRIMITIVO DI MANDURIA SESSANTANNI; Produtor: Feudi; San Marzano; País; Itália – Puglia; Uva: Primitivo; Safra: 2012;Álcool: 14%; Cor: rubi intenso com reflexos violáceos; Aromas: frutas negras maduras, notas de especiarias e toques de baunilha; Sabor: encorpado, com taninos sutis e final de boca fresco, destacando-se por cacau, café e baunilha. Amadurecimento: não foi informado.( Preço: R$289,00). O quarto e último vinho da noite foi premiado com 93 WS: o CAIAROSSA; Produtor: Caiarossa; País: Itália – Toscana; Uvas: Sangiovese, Cabernet Franc, Merlot, Cabernet Sauvignon, Alicante e outras; Safra: 2006; Álcool: 14,5%; Cor: rubi brilhante e vivo. Aromas: buquê de flores, frutas maduras, nozes e notas minerais, aparecem intrigando os sentidos. Sabor: discreto adocicado, envolto por frutas como, amora, ameixa, morango e framboesa e notas balsâmicas. Os taninos são integrados. Amadurecimento: 18 meses em barris de carvalho. Classificado pela Wine Spectator como: “fascinante” o blend desse vinho, que mistura uvas francesas a italiana Sangiovese.  Preço: de R$668,00. Os vinhos para a noite foram comprados na Grand Cru , anexo ao restaurante Terra Madre.

Neste encontro de setembro eu não pude participar da confraria assim como a nossa presidente Sandra Zottis. Na foto, durante o encontro as confreiras: Sandra Lunedo, Isabel Pudles, Analzira Carvalho Carneiro, a apresentadora da noite Sueli Rita Floriani de Martínez, Ana Teresa Londres, Mônica MeiraMaria do Carmo Bado e Eunice Rocha.
A apresentadora da noite, Sueli Rita Floriani de Martínez, deu o tema, o tom, os aromas e sabores para a noite da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba. Postado por Márcia ToccafondoFotos: Eunice Rocha.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

CAMINHOS CRUZADOS e MARGARIDA

A CAMINHOS CRUZADOS é uma vinícola portuguesa da região do Dão que tivemos o prazer de conhecer em setembro de 2015 por ocasião da feira de vinhos em Nelas, distrito de Viseu. Este ano, Lígia Santos, a jovem produtora da Caminhos Cruzados, esteve em Curitiba e nos ofereceu alguns dos seus vinhos.
Esta semana,  nossa confraria se reuniu no restaurante Cordon Blanc, Curitiba, onde jantamos e degustamos três vinhos Titular da Caminhos Cruzados, além de um branco alentejano, Margarida, da Monte dos Cabaços.
A Caminhos Cruzados é um vinícola jovem, fundada em 2011. Paulo Santos e sua filha Lígia são os proprietários e realizaram o sonho de fazer vinhos. Ela, formada em direito e com apenas 29 anos, está à frente dos negócios. Começaram com a produção dos vinhos Titular, já existente e antigos em Portugal, os quais, com rebranding da marca, tiveram sua produção renovada e aprimorada. Posteriormente adquiriram a Quinta do Teixuga e a marca Quinta do Santar e Quinta de Nelas. No ano passado, estivemos em sua antiga sede, mas hoje, eles já estão produzindo em uma nova e moderna adega. A produção de vinhos iniciou em 2012 com o primeiro vinho com a marca Titular da casta Jean. Atualmente eles têm em seu portfólio nove diferentes vinhos com a marca Titular, quatro Terras de Santar, três Terras de Nelas e um Teixuga. Este, branco e com produção muito pequena. Outro Teixuga, tinto 2014, ainda está na barrica, sem data para ser lançado. Os vinhos Teixuga são produzidos com vinhas velhas, idade entre 40-50 anos. 
Este vídeo abaixo, que se encontra no site da Caminhos Cruzados, conta toda a história da vinícola e seus vinhos.
A nossa reunião começou com degustação inicialmente às cegas, tentando desvendar qual vinho não era do Dão. Houve opiniões acertadas e outras não. Em seguida tentamos desvendar os aromas e o que sentimos na boca em cada vinho. Finalmente passamos ao jantar!

VINHOS DEGUSTADOS:
1 - TITULAR - 2015 - Encruzado/Malvasia fina - Dão, Portugal. Produtor: Caminhos Cruzados. Vinho branco muito agradável, bela acidez, frescor, mineral, aromas florais.  Vinho alegre. Foi bem elogiado pelas participantes. A uva Encruzado dá estrutura, enquanto a Malvasia dá elegância e aromas florais. Combina bem com frutos do mar e aperitivos. Teor alcoólico: 13,2%. Detalhes da ficha técnica neste link. Sem importadora no Brasil.

2 - MARGARIDA - 2011- Encruzado - Alentejo, Portugal. Produtor: Vinícola Monte dos Cabaços. 14% de álcool. Fermentado em cuba de inox e uma pequena porção passa seis meses por barricas de carvalho francesa usadas, o que dá longevidade ao vinho sem exagero na madeira. Apresenta um aroma de fruta madura, muito leve em baunilha. Na boca tem estrutura, acidez moderada e um leve amargor final. Importado pela Adega Alentejana. Harmonizou muito bem com camarão empanado servido com molho bérnaise.
Um pouco sobre Margarida Cabaço, sua vida, o restaurante São Rosas em Estremoz em que é proprietária e seus vinhos, você pode ler neste link.

3 - TITULAR JAEN - 2014 - Dão, Portugal. Produtor: Caminhos Cruzados. Vinho de cor rubi de média intensidade, aromas frescos, muita fruta vermelha, um pouco mineral. Na boca o vinho é redondo, com taninos suaves, sem exagero. Não estagia em madeira e tem 12,9% de álcool. Deve ser servido refrescado. Combina bem com bacalhau, massas e carnes mais leves. Detalhes da ficha técnica neste link. Sem importadora no Brasil.




4 - TITULAR TOURIGA NACIONAL - 2013 - Dão, Portugal. Produtor: Caminhos Cruzados. Tinto de cor rubi intenso, leve na madeira, muitas frutas vermelhas no aroma, com frescor. Na boca os taninos estão bem resolvidos. A casta Touriga Nacional é a principal tinta do Dão, e aqui está bem domada, nada agressiva. Como a região do Dão é mais fresca devido aos ventos e às montanhas, seus vinhos não são tão alcoólicos como os encontrados no Douro. Este tinto reflete bem esta característica da região. Possui 13% de álcool. É um vinho bem gastronômico e harmoniza bem com carnes vermelhas e caças. Ficha técnica neste link. Sem importadora no Brasil.

Todos estes vinhos foram degustados em jantar no restaurante Cordon Blanc, Curitiba. Novo, no bairro do Bacacheri, o restaurante comandado pelo chef Fábio D'Angelis foi uma surpresa. Comida excelente.
MENU
Couvert - Fondue de queijo brie, torrados e espetinho (queijo, cebolinha e azeitona)
Complemento do couvert - Empanada de pato confitado e desfiado com queijo parmesão. Deliciosa!
Entrada - Camarão empanado ao molho bérnaise (foi minha opção - delicioso, crocante, bem sequinho, combinou bem com o vinho Margarida)
ou Carne de siri e torradas ou Mariscos gratinados com cebola roxa.
Prato principal - Congrio negro ao molho bérnaise (quem optou por este peixe gostou muito).
Ou Mignon ao molho de ervas frescas e cogumelos frescos acompanhados de batata sautée e legumes. Esta foi minha opção e o prato estava excelente com a carne no ponto. Harmonizou muito bem com os vinhos tintos.
Antes da sobremesa veio um pequeno sorbet de limão.
Como sobremesa tinha Peras Cordon Blanc, peras cozidas e sorvete. As peras tinham pouquíssimo açúcar.
Outra opção era o Crumble de mirtilo com pistache na cobertura e sorvete de baunilha. Muito bom!
Estavam presentes Analzira Carneiro (a organizadora do evento), Ana Teresa Londres, Maria do Carmo Bado, Mônica Meira, Marlene Beck, Márcia Toccafondo, Eunice Rocha, Sandra Zottis, Isa Pudles e Sabine Villatore.

Consulta: 
Margarida 2011 - Adega Alentejana
Fugas Vinho - Margarida Cabaço

Serviço:
Rua Equador 181, Bacacheri -  Curitiba
Tel:41 3077-1900

sábado, 13 de agosto de 2016

VINHAS VELHAS

Foto Revista Adega
O que são "vinhas velhas"?
Com esta pergunta, Marlene Beck, na reunião da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba, incitou todas nós a pensar um pouco. Vinhas de 80? 50? 30 anos?
Não existe uma resposta exata. Depende de cada produtor. Não existe normatização para classificar as vinhas em "velhas".
São consideradas "vinhas velhas"aquelas com mais 25 ou 30 anos. Para alguns enólogos e produtores, acima dos 40 anos. As videiras começam a produzir após 3 ou 4 anos. Para que tenham mais qualidade, os vinicultores esperam pelo menos 8 anos. Quanto mais velhas, mais as raízes se aprofundam, buscando melhores nutrientes, o que dá ao vinho complexidade, concentração, caráter, equilíbrio e identidade. Com o passar da idade, as videiras diminuem sua produção mas aumentam sua qualidade. O produtor português Luis Pato considera uma vinha tinta "velha" a partir de 40 anos e uma videira branca "velha" a partir de 25 anos. Produzir um vinho com "vinhas velhas" tem um custo maior pois o rendimento é muito menor. Alguns produtores produzem determinados vinhos apenas com videiras antigas, como é o caso do lendário vinho espanhol Vega Sicilia Unico, de Ribera del Duero, Espanha. A idade média das videiras é de 35 anos.

Na nossa reunião da confraria, realizada em julho deste ano, degustamos às cegas alguns vinhos tentando desvendar seu caráter.

VINHOS DEGUSTADOS:
1 - Château des Gillières 2012 - Vielles Vignes- Muscadet sur lie- Sèvres er Maine (Vale do Loire) França (Importadora Decanter). 12% de álcool. R$132,00.
Vinho branco muito agradável, cor amarelo pálido, com frescor, aroma de lima, maçã verde, iodo, crustáceo, muito frescor. Harmoniza bem com ostras, frutos do mar, aves e carnes brancas.
Produzido com uva Muscadet, também conhecida como "Melon de Bourgogne". Sur lie, significa que o vinho ficou algum tempo sobre as leveduras, em contato com as cascas, sobre borras. Isto dá complexidade e um aroma característico aos vinhos bancos do Vale do Loire.

2 - Real de Aragon 2010, Calatayud - Espanha - uva Garnacha. Produtor Pagos de Familia Langa, 14,5% de álcool. (Importadora Grand Cru). R$ 120,00.
Produzido com uva Garnacha de vinhedos com cerca de 80 anos. Envelhecido por 12 meses em barricas de carvalho americano. Vinho de cor bem púrpura, intenso, potente, alcoólico. Aromas de pimenta, especiarias, baunilha, tostados, frutas vermelhas e fermento. Bom corpo e persistência na boca. Harmoniza com carnes vermelhas, ensopados com molhos densos.

3 - Alto de Piedras Carmenère 2011, produtor De Martino, Vale do Maipo, Chile. Possui 13% de álcool e custou R% 187,00 na importadora Decanter.
Tinto de cor rubi bem intenso, produzido com uvas Carmenère de videiras com idade média de 24 anos. Envelhecido em barricas de carvalho francês de diversas idades por 24 meses. No inicio apresentou aromas de soubois, estrebaria, um tanto desagradável que aos poucos foi melhorando dando lugar a aromas de pimenta, frutas vermelhas maduras, tabaco, especiarias e menta. Na boca é um vinho potente, com bons taninos e bom final. Harmoniza com carnes vermelhas, caça, molhos densos. No guia de vinhos chilenos Descorchados recebeu 94 pontos.

4 - Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2010 - Douro, Portugal. R$380,00 em loja no Mercado Municipal (Importadora Qualimpor)
Vinho produzido com 25 a 30 variedades de castas de vinhas velhas, com idade média de 70 anos. Na região do Douro era comum que as castas fossem plantadas todas misturadas no mesmo vinhedo, e assim, são vinificadas.
Vinho tinto de alta complexidade, envelhecido por 18 meses em barricas francesas (85%) e americanas (15%).
Aromas intensos de especiarias, algo balsâmico, frutas vermelhas e um pouco de baunilha. Na boca com taninos agradáveis, intenso, equilibrado e bom final de boca. Tem 14% de álcool.

Este encontro foi no restaurante Terra Madre, Curitiba. Nos foi servido além do couvert, um Mignon grelhado com gnocchi ao molho de cogumelos trufados e terminamos a refeição com uma Pana cota com frutas vermelhas.



Consulta:
Château Gillières
Revista Adega
Quinta do Crasto
Vinho Alto Piedras - Importadora Decanter
Real Aragon

Serviço:

Terra Madre Ristorante: Rua Desembargador Otávio do Amaral, 515 - Bigorrilho - Curitiba
Tel: 41 33356070

quarta-feira, 20 de julho de 2016

ENCORPADO E ELEGANTE

No "salto da bota", do mapa italiano, está a região da Apúlia. Sudeste italiano, coração do mediterrâneo, a terra ensolarada é abraçada pelos mares Jônico e Adriático e todas as suas antigas histórias. Além de praias de águas cristalinas, a região apresenta uma natureza composta por vales e colinas, onde oliveiras e videiras crescem lado a lado. Ao sul da região, na província de Taranto, fica a comuna de
Anduria, principal produtora da uva Primitivo, além de Luzzano e Savo.
Essa uva é originária da Croácia, onde é chamada de Plavac Mali.

Acredita-se que os beneditinos trouxeram essa uva para a Itália, onde, em Manduria, encontrou condições ideais de cultivo.

Da Itália, foi levada para a Califórnia, nos E.U.A, onde ganharam o nome de Zinfandel.

O clima quente e temperado, aliado ao "terroir" mediterrâneo, faz com que saiam dali vinhos encorpados, elegantes, com toques de frutas vermelhas, apreciadas em todo mundo.



segunda-feira, 18 de julho de 2016

Vinhos Laranja para a Confraria Feminina do Vinho de Curitiba

Em junho/2016, a confreira escalada para escolher o dia, o tema, os países produtores e a enogastronomia para o encontro mensal da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba, fui eu. Escolhi os inusitados e interessantes vinhos Laranja, produzidos pelo método ancestral de vinificação, desde a época da república da Geórgia, no Cáucaso, quando a bebida em geral era produzida da mesma maneira, em ânforas de terracota e guardados em contato com a casca por meses. Hoje, os exemplares mais conhecidos vêm da Itália (em especial do Friuli) e daEslovênia. Os vinhos brancos de cor alaranjada, geralmente são feitos com uvas sobremaduras. O produtorJosko Gravner, é considerado o “papa” do vinho laranja, e faz o processo como deve ser: em ânforas de terracota onde fermenta e guarda seus vinhos laranja em Friuli, na Itália, desde o ano de 2.000. Fui lá no Google para saber um pouco mais sobre eles e entre uma definição e outra, fiz um mix das informações e acredito, que fica fácil de entendê-los "Vinho laranja ou “wine orage” ou ainda “âmbar”, é um branco produzido de forma semelhante a um tinto – ou seja, o suco da uva fica em contato com as cascas por bastante tempo. É esse contato, maior ou menor, que dá cor aos vinhos – a cor é extraída da casca,adquirindo, desse modo, elementos como polifenóis, alguma cor (alaranjado ou âmbar) e textura rugosa. Alguns deles são melhores descritos por termos como “viscosos” ao invés de “densos” ou “de bom corpo”. O vinho Laranja pode ser classificado como vinho branco por também usar uvas brancas em sua produção. Carrega o frescor do vinho branco e a estrutura e características do vinho tinto. Tem acidez, taninos e aromas. São vinhos de guarda podendo ser guardados para melhor qualidade no aroma e no sabor, por até 20 anos. Fotos por Márcia Toccafondo.
Atentas à minha explanação: Sandra LunedoMônica Meira, Sandra ZottisMaria do Carmo Bado,Eunice Rocha, Analzira Carvalho Carneiro, Sueli Rita Floriani de Martínez, Isabel Pudles e Marlene Beck.
 Confreiras presentes ao encontro regado a vinhos Laranja: Analzira Carvalho CarneiroMônica Meira,Sueli Rita Floriani de Martínez, Isabel PudlesMarlene BeckSandra LunedoSandra ZottisMaria do Carmo BadoEunice Rocha e euMárcia Toccafondo.
Os Vinhos Laranja, degustados na agradável noite da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba, fui buscar na imporadora Decanter, em Curitiba, que me cedeu a pedidos, a ficha técnica de cada vinho. Apresentei primeiramente o mais antigo, pela cor, e que conseguimos por aqui: o vinho Laranja português Reserva Pessoal Branco 2005, do produtor Alves de Sousa, da região do Douro- ( R$ 317,90). Classificação Geral: Douro D.O.C.. Castas:  Predomina Gouveio, Malvasia Fina e Viosinho, mais outra dezena de castas autóctones do Douro.  Graduaçã Alcoolica: 12,5° GL, Produção  Estimativa de guarda: 15 anos +.  "Coloração dourada de média intensidade. No nariz os aromas são amendoados, fumados e resinosos, num conjunto que ainda apresenta especiarias ao fundo. Rico, texturado, de acidez firme e largo final. Aromas amendoados, fumados, resinosos e especiados. Rico, texturado, de acidez firme e conjunto que mantém elegância." Dettori Bianco 2013  Sardegna/Itália – (R$ 219,70. O  Dettori é o mais original produtor da Sardenha no momento, 100% Vermentino, álcool: 14%, 36 meses em cubas de cimento inerte. Coloração dourada, não completamente límpida. Estonteante complexidade no nariz, com laranja confitada, jasmim, mel, cereal, fumado e ervas. De grande estrutura, sápido, com acidez que confere garra ao conjunto. Potencial de guarda: 15 anos +Vinho Laranja: Vitovska 2011Produtor: Zidarich. Região: Friuli – Itália - Carso – Duino-Aurisina, localidade de Prepotto. Castas:100% Vitovska Graduação Alcóolica: 12° GL. "Coloração dourada, um pouco turva pela não filtração. Pura sedução olfativa, com flor de laranjeira, menta, cereal tostado e impressões iodadas. Rígido em boca, com percepção tânica, mineral, não faz um estilo consensual. Longuíssimo final. Pura sedução com flor de laranjeira, menta, cereal tostado e iodo." O Laranja Simcic Rebula 2014 – Eslovênia – R$ 150,30 . A Simcic é a locomotiva qualitativa da região. 13,5% Álcool, 100% uva Ribolla (a grande casta branca dos vinhos Laranjas), 8 meses em cubas de aço inox. Coloração palha de média intensidade, reflexos dourados. No olfato cítricos, maçã, e alguns toques amendoados. Estruturado, denso e mineral. Tempo de Guarda: 15 anos +. "Coloração palha de média intensidade, reflexos dourados. Traz no olfato cítricos, maçã e alguns toques amendoados. Estruturado, denso, com marcada mineralidade. Olfato cítrico, de maçã e toques amendoados. Estruturado, denso e mineral."
O vinho Laranja deve ser servido, de preferência, em taças grandes do tipo Borgonha, mas como usei a louça do salão de festas, servi na que tínhamos, sem alteração de aromas e sabores, já que o decantei antes de servir.
 A cor é linda, com variações de tons que vão do amarelo palha ao âmbarO processo começa pela escolha das castas, já que é preciso uma casca grossa e bastante compostos fenólicos antioxidantes para que resistam ao tempo (oxidação). As mais usadas são: Ribolla Gialla – com pele grossa, bastante acidez e muito saborosa, é a principal uva branca da região de Friuli-Venezia Giulia (Itália) e de Brda (Eslovênia), sendo uma das castas mais usadas nos vinhos laranjas italianos e resultando vinhos encorpados. Sauvignon Vert -  uva branca da região do Vêneto com grande presença na região de Friuli, que posteriormente se espalhou para toda a Itália e resto do mundo e a Pinot Grigio (ramato em italiano), é muito parecida com a Pinot Noir. Esquecida por muitos anos, voltou ao cenário devido aos vinhos laranjas, em 2005, goza de grande popularidade e resulta em vinhos alcóolicos, uma das características do vinho laranja.
Como o vinho Laranja é muito democrático e de ótima harmonização, e como o nosso inverno curitibano pede comida quente, escolhi fazer eu mesma, uma sopa de capeletti com queijos, champignon, palmito e azeitonas, servida no pão italiano. O resultado agradou as confreitas presentes ao encontro que aconteceu no salão de festas do meu edifício, seguiu em clima aquecido e descontraído...
Sandra LunedoMárcia ToccafondoMarlene Beck, Analzira CarneiroSandra ZottisEunice RochaIsabel Pudles.
Postado por Márcia Toccafondo.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

 
 
Que pó é esse?


O fenômeno do falso vinho "made in Italy", tem forte impulso também gerado pelas oportunidades de compra de vinhos falsos obtidos através de pós milagrosos contidos em "wine-kit" que prometem a obtenção, em poucos dias, de etiquetas como Chianti, Valpolicella, Frascati, Primitivo, Gerwurztraminer, Barolo, Verdichio, Lambrusco e o Montepulciano. Isto está acontecendo no mercado norte-americano, onde superou o valor de 20 bilhões de euros.

terça-feira, 12 de julho de 2016




Este projeto, para os amantes do vinho, está em exposição no Museu Oscar Niemeyer.
Encontra-se no espaço ao lado da exposição permanente, ao grande arquiteto.
O nome da amostra é: prêmio objeto:brasil.
É muito bom estar nesse museu.
Visita-lo em suas amplas e bem conservadas salas, envia-nos a experiências muito agradáveis.
Ver as exposições e encontrar em uma amostra, um excelente trabalho, como este, desenvolvidos pelo design brasileiro, é de grande supressa.
Se puder, no o perca.
"Como os vinhos: é um grande encontro!"

Lamentavelmente, o folder não traz a informação do período em que a exposição estará aberta ao publico.
premioobjetobrasil.com.br


terça-feira, 5 de julho de 2016

CONFRARIA DE SABERES E SABORES DA BEIRA "GRÃO VASCO"

Em setembro de 2015, coincidindo com os 10 anos da Confraria Feminina de Vinhos (de Curitiba), nós, integrantes da confraria, fomos convidadas para conhecer a feira de vinhos do Dão, em Nelas e fomos recebidas pela Confraria de Saberes e Sabores da Beira "Grão Vasco", em Viseu. José Ernesto Silva, almoxarife ou presidente, nos acolheu calorosamente em sua sede, com toda pompa e posteriormente participamos de uma solenidade na Câmara de Viseu. José Ernesto esteve recentemente em Curitiba para uma visita, ocasião em que nos reencontramos. Veio ao Brasil para a comemoração dos 50 anos da Casa de Viseu no Rio de Janeiro.

As confrarias portuguesas são muito mais formais que as nossas. Elas têm sede própria, estatutos, uniformes. As entronizações são solenes. Geralmente acontecem em um lugar público notório de Portugal, regadas com um belo jantar, ótimos vinhos e discursos. Todos os membros ficam paramentados com capas especiais, bordadas, chapéus, taste-vin e algo mais.
Almoxarife José Ernesto Silva e a presidente Sandra Zottis na sede da confraria.
Trajes da Confraria de Saberes e Sabores da Beira "Grão Vasco"
Membros da confraria saindo para um desfile
A Confraria de Saberes e Sabores da Beira possui confrades em 22 países incluindo o Brasil. Nossa confreira Eunice Rocha pertence também à esta confraria.

"Grão Vasco", Vasco Fernandes, patrono desta confraria portuguesa, foi um pintor pré-renascentista e renascentista português do século XVI. Nascido em Viseu, deixou um imenso legado artístico aos seus conterrâneos. Esta confraria difunde a cultura da região da Beira, particularmente Viseu, através das artes, literatura, gastronomia, vinhos e músicas populares. A história da confraria está bem contada neste link.

Neste outro link há um relato sobre a nossa visita ao Dão, com detalhes e fotos. Nossa presidente, Sandra Zottis, assinou um protocolo de representatividade recíproca juntamente com o almoxarife da Confraria de Saberes e Sabores da Beira "Grão Vasco",  José Ernesto Silva.
Na foto, Sandra Zottis assina um documento de representatividade recíproca entre as confrarias. À sua esquerda, o almoxarife José Ernesto Silva.
Sandra Zottis recebendo de José Ernesto uma salva de prata comemorativa do evento. Solenidade realizada na adega da Vinícola Magnum onde fomos recebidas para um jantar.
Participaram desta viagem as seguintes confreiras: Analzira Carneiro, Eunice Rocha, Sueli Rita Martinez, Sandra Lunedo, Sandra Zottis, Márcia Toccafondo, Mônica Meire e esta autora, Ana Teresa Londres.

PENSAMENTOS

" Dizem que o dinheiro não compra felicidade, mas compra vinho, o que é praticamente a mesma coisa" 


De Fernando Pettenuzzo, enólogo uruguaio.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

PORTUGUESES EM CURITIBA

Esta semana estiveram em Curitiba os portugueses José Ernesto Silva e Antonio Menezes que pertencem à Confraria Saberes e Sabores da Beira Grão Vasco de Viseu, Portugal. Vieram ao Brasil para a comemoração dos 50 anos da Confraria de Viseu no Rio de Janeiro, e aproveitaram para conhecer Curitiba. Em setembro do ano passado, 2015, nossa confraria esteve em Portugal e fomos recebidas por esta confraria de Viseu. Todos muito simpáticos e acolhedores.
Jantamos ontem com eles na  churrascaria Badida. 

Fotos: Marcia Toccafondo

Depois de discurso da nossa presidente Sandra Zottis e do José Ernesto, decidi que era a hora de começarmos a registrar os feitos da nossa confraria.

O QUE É PARA NÓS ESTA CONFRARIA?

Um momento de encontro, descontração e aprendizado. Degustação e prazer. Há 11 anos o grupo surgiu com reuniões mensais. Sandra Zottis, enóloga, sempre ensinando e presidindo. Inicialmente os encontros eram quase sempre na Vino, rua Comendador Araújo. Aos poucos fomos marcando em outros restaurantes e atualmente muitas reuniões têm sido nas próprias residências ou condomínios. Esta mudança de local foi ocasionada pelo alto preço dos vinhos. Principalmente neste último ano, em que os impostos oneram muito quem gosta de um bom vinho. Mesmo os vinhos mais simples estão custando muito mais do que valem.
Este encontro foi no restaurante Bobardi, em março. Todas estão presentes: Analzira Carneiro, Ana Teresa Londres, Sandra Lunedo, Mônica Meira, Sandra Zottis. Marian Guimarães, Marlene Beck, Isa Pudles, Sueli Rita Martinez, Maria do Carmo Bado, Marcia Toccafondo e Eunice Rocha.