NOSSA CONFRARIA

Somos um grupo de mulheres de profissões diversas e um interesse comum: o VINHO. Nos reunimos mensalmente na terceira terça-feira do mês. Uma de nós é escalada como responsável pelo evento: escolhe o local do encontro, os vinhos e o que vamos comer. Sempre há um tema proposto pela organizadora e como será a degustação. Às vezes às cegas, outras não. Procuramos escolher temas diferentes, vinhos diferentes e no final, nos divertimos bastante. Tudo é levado muito à sério, ao mesmo tempo, com descontração. (Na foto: Isa Pudles, Sueli Rita, Marian Guimarães, Márcia Toccafondo, Maria do Carmo Bado, Eunice Rocha, Ana Teresa Londres, Marlene Beck, Sandra Lunedo, Analzira Carneiro e Mônica Meira. Está faltando nossa presidente, Sandra Zottis)

quarta-feira, 20 de julho de 2016

ENCORPADO E ELEGANTE

No "salto da bota", do mapa italiano, está a região da Apúlia. Sudeste italiano, coração do mediterrâneo, a terra ensolarada é abraçada pelos mares Jônico e Adriático e todas as suas antigas histórias. Além de praias de águas cristalinas, a região apresenta uma natureza composta por vales e colinas, onde oliveiras e videiras crescem lado a lado. Ao sul da região, na província de Taranto, fica a comuna de
Anduria, principal produtora da uva Primitivo, além de Luzzano e Savo.
Essa uva é originária da Croácia, onde é chamada de Plavac Mali.

Acredita-se que os beneditinos trouxeram essa uva para a Itália, onde, em Manduria, encontrou condições ideais de cultivo.

Da Itália, foi levada para a Califórnia, nos E.U.A, onde ganharam o nome de Zinfandel.

O clima quente e temperado, aliado ao "terroir" mediterrâneo, faz com que saiam dali vinhos encorpados, elegantes, com toques de frutas vermelhas, apreciadas em todo mundo.



segunda-feira, 18 de julho de 2016

Vinhos Laranja para a Confraria Feminina do Vinho de Curitiba

Em junho/2016, a confreira escalada para escolher o dia, o tema, os países produtores e a enogastronomia para o encontro mensal da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba, fui eu. Escolhi os inusitados e interessantes vinhos Laranja, produzidos pelo método ancestral de vinificação, desde a época da república da Geórgia, no Cáucaso, quando a bebida em geral era produzida da mesma maneira, em ânforas de terracota e guardados em contato com a casca por meses. Hoje, os exemplares mais conhecidos vêm da Itália (em especial do Friuli) e daEslovênia. Os vinhos brancos de cor alaranjada, geralmente são feitos com uvas sobremaduras. O produtorJosko Gravner, é considerado o “papa” do vinho laranja, e faz o processo como deve ser: em ânforas de terracota onde fermenta e guarda seus vinhos laranja em Friuli, na Itália, desde o ano de 2.000. Fui lá no Google para saber um pouco mais sobre eles e entre uma definição e outra, fiz um mix das informações e acredito, que fica fácil de entendê-los "Vinho laranja ou “wine orage” ou ainda “âmbar”, é um branco produzido de forma semelhante a um tinto – ou seja, o suco da uva fica em contato com as cascas por bastante tempo. É esse contato, maior ou menor, que dá cor aos vinhos – a cor é extraída da casca,adquirindo, desse modo, elementos como polifenóis, alguma cor (alaranjado ou âmbar) e textura rugosa. Alguns deles são melhores descritos por termos como “viscosos” ao invés de “densos” ou “de bom corpo”. O vinho Laranja pode ser classificado como vinho branco por também usar uvas brancas em sua produção. Carrega o frescor do vinho branco e a estrutura e características do vinho tinto. Tem acidez, taninos e aromas. São vinhos de guarda podendo ser guardados para melhor qualidade no aroma e no sabor, por até 20 anos. Fotos por Márcia Toccafondo.
Atentas à minha explanação: Sandra LunedoMônica Meira, Sandra ZottisMaria do Carmo Bado,Eunice Rocha, Analzira Carvalho Carneiro, Sueli Rita Floriani de Martínez, Isabel Pudles e Marlene Beck.
 Confreiras presentes ao encontro regado a vinhos Laranja: Analzira Carvalho CarneiroMônica Meira,Sueli Rita Floriani de Martínez, Isabel PudlesMarlene BeckSandra LunedoSandra ZottisMaria do Carmo BadoEunice Rocha e euMárcia Toccafondo.
Os Vinhos Laranja, degustados na agradável noite da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba, fui buscar na imporadora Decanter, em Curitiba, que me cedeu a pedidos, a ficha técnica de cada vinho. Apresentei primeiramente o mais antigo, pela cor, e que conseguimos por aqui: o vinho Laranja português Reserva Pessoal Branco 2005, do produtor Alves de Sousa, da região do Douro- ( R$ 317,90). Classificação Geral: Douro D.O.C.. Castas:  Predomina Gouveio, Malvasia Fina e Viosinho, mais outra dezena de castas autóctones do Douro.  Graduaçã Alcoolica: 12,5° GL, Produção  Estimativa de guarda: 15 anos +.  "Coloração dourada de média intensidade. No nariz os aromas são amendoados, fumados e resinosos, num conjunto que ainda apresenta especiarias ao fundo. Rico, texturado, de acidez firme e largo final. Aromas amendoados, fumados, resinosos e especiados. Rico, texturado, de acidez firme e conjunto que mantém elegância." Dettori Bianco 2013  Sardegna/Itália – (R$ 219,70. O  Dettori é o mais original produtor da Sardenha no momento, 100% Vermentino, álcool: 14%, 36 meses em cubas de cimento inerte. Coloração dourada, não completamente límpida. Estonteante complexidade no nariz, com laranja confitada, jasmim, mel, cereal, fumado e ervas. De grande estrutura, sápido, com acidez que confere garra ao conjunto. Potencial de guarda: 15 anos +Vinho Laranja: Vitovska 2011Produtor: Zidarich. Região: Friuli – Itália - Carso – Duino-Aurisina, localidade de Prepotto. Castas:100% Vitovska Graduação Alcóolica: 12° GL. "Coloração dourada, um pouco turva pela não filtração. Pura sedução olfativa, com flor de laranjeira, menta, cereal tostado e impressões iodadas. Rígido em boca, com percepção tânica, mineral, não faz um estilo consensual. Longuíssimo final. Pura sedução com flor de laranjeira, menta, cereal tostado e iodo." O Laranja Simcic Rebula 2014 – Eslovênia – R$ 150,30 . A Simcic é a locomotiva qualitativa da região. 13,5% Álcool, 100% uva Ribolla (a grande casta branca dos vinhos Laranjas), 8 meses em cubas de aço inox. Coloração palha de média intensidade, reflexos dourados. No olfato cítricos, maçã, e alguns toques amendoados. Estruturado, denso e mineral. Tempo de Guarda: 15 anos +. "Coloração palha de média intensidade, reflexos dourados. Traz no olfato cítricos, maçã e alguns toques amendoados. Estruturado, denso, com marcada mineralidade. Olfato cítrico, de maçã e toques amendoados. Estruturado, denso e mineral."
O vinho Laranja deve ser servido, de preferência, em taças grandes do tipo Borgonha, mas como usei a louça do salão de festas, servi na que tínhamos, sem alteração de aromas e sabores, já que o decantei antes de servir.
 A cor é linda, com variações de tons que vão do amarelo palha ao âmbarO processo começa pela escolha das castas, já que é preciso uma casca grossa e bastante compostos fenólicos antioxidantes para que resistam ao tempo (oxidação). As mais usadas são: Ribolla Gialla – com pele grossa, bastante acidez e muito saborosa, é a principal uva branca da região de Friuli-Venezia Giulia (Itália) e de Brda (Eslovênia), sendo uma das castas mais usadas nos vinhos laranjas italianos e resultando vinhos encorpados. Sauvignon Vert -  uva branca da região do Vêneto com grande presença na região de Friuli, que posteriormente se espalhou para toda a Itália e resto do mundo e a Pinot Grigio (ramato em italiano), é muito parecida com a Pinot Noir. Esquecida por muitos anos, voltou ao cenário devido aos vinhos laranjas, em 2005, goza de grande popularidade e resulta em vinhos alcóolicos, uma das características do vinho laranja.
Como o vinho Laranja é muito democrático e de ótima harmonização, e como o nosso inverno curitibano pede comida quente, escolhi fazer eu mesma, uma sopa de capeletti com queijos, champignon, palmito e azeitonas, servida no pão italiano. O resultado agradou as confreitas presentes ao encontro que aconteceu no salão de festas do meu edifício, seguiu em clima aquecido e descontraído...
Sandra LunedoMárcia ToccafondoMarlene Beck, Analzira CarneiroSandra ZottisEunice RochaIsabel Pudles.
Postado por Márcia Toccafondo.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

 
 
Que pó é esse?


O fenômeno do falso vinho "made in Italy", tem forte impulso também gerado pelas oportunidades de compra de vinhos falsos obtidos através de pós milagrosos contidos em "wine-kit" que prometem a obtenção, em poucos dias, de etiquetas como Chianti, Valpolicella, Frascati, Primitivo, Gerwurztraminer, Barolo, Verdichio, Lambrusco e o Montepulciano. Isto está acontecendo no mercado norte-americano, onde superou o valor de 20 bilhões de euros.

terça-feira, 12 de julho de 2016




Este projeto, para os amantes do vinho, está em exposição no Museu Oscar Niemeyer.
Encontra-se no espaço ao lado da exposição permanente, ao grande arquiteto.
O nome da amostra é: prêmio objeto:brasil.
É muito bom estar nesse museu.
Visita-lo em suas amplas e bem conservadas salas, envia-nos a experiências muito agradáveis.
Ver as exposições e encontrar em uma amostra, um excelente trabalho, como este, desenvolvidos pelo design brasileiro, é de grande supressa.
Se puder, no o perca.
"Como os vinhos: é um grande encontro!"

Lamentavelmente, o folder não traz a informação do período em que a exposição estará aberta ao publico.
premioobjetobrasil.com.br


terça-feira, 5 de julho de 2016

CONFRARIA DE SABERES E SABORES DA BEIRA "GRÃO VASCO"

Em setembro de 2015, coincidindo com os 10 anos da Confraria Feminina de Vinhos (de Curitiba), nós, integrantes da confraria, fomos convidadas para conhecer a feira de vinhos do Dão, em Nelas e fomos recebidas pela Confraria de Saberes e Sabores da Beira "Grão Vasco", em Viseu. José Ernesto Silva, almoxarife ou presidente, nos acolheu calorosamente em sua sede, com toda pompa e posteriormente participamos de uma solenidade na Câmara de Viseu. José Ernesto esteve recentemente em Curitiba para uma visita, ocasião em que nos reencontramos. Veio ao Brasil para a comemoração dos 50 anos da Casa de Viseu no Rio de Janeiro.

As confrarias portuguesas são muito mais formais que as nossas. Elas têm sede própria, estatutos, uniformes. As entronizações são solenes. Geralmente acontecem em um lugar público notório de Portugal, regadas com um belo jantar, ótimos vinhos e discursos. Todos os membros ficam paramentados com capas especiais, bordadas, chapéus, taste-vin e algo mais.
Almoxarife José Ernesto Silva e a presidente Sandra Zottis na sede da confraria.
Trajes da Confraria de Saberes e Sabores da Beira "Grão Vasco"
Membros da confraria saindo para um desfile
A Confraria de Saberes e Sabores da Beira possui confrades em 22 países incluindo o Brasil. Nossa confreira Eunice Rocha pertence também à esta confraria.

"Grão Vasco", Vasco Fernandes, patrono desta confraria portuguesa, foi um pintor pré-renascentista e renascentista português do século XVI. Nascido em Viseu, deixou um imenso legado artístico aos seus conterrâneos. Esta confraria difunde a cultura da região da Beira, particularmente Viseu, através das artes, literatura, gastronomia, vinhos e músicas populares. A história da confraria está bem contada neste link.

Neste outro link há um relato sobre a nossa visita ao Dão, com detalhes e fotos. Nossa presidente, Sandra Zottis, assinou um protocolo de representatividade recíproca juntamente com o almoxarife da Confraria de Saberes e Sabores da Beira "Grão Vasco",  José Ernesto Silva.
Na foto, Sandra Zottis assina um documento de representatividade recíproca entre as confrarias. À sua esquerda, o almoxarife José Ernesto Silva.
Sandra Zottis recebendo de José Ernesto uma salva de prata comemorativa do evento. Solenidade realizada na adega da Vinícola Magnum onde fomos recebidas para um jantar.
Participaram desta viagem as seguintes confreiras: Analzira Carneiro, Eunice Rocha, Sueli Rita Martinez, Sandra Lunedo, Sandra Zottis, Márcia Toccafondo, Mônica Meire e esta autora, Ana Teresa Londres.

PENSAMENTOS

" Dizem que o dinheiro não compra felicidade, mas compra vinho, o que é praticamente a mesma coisa" 


De Fernando Pettenuzzo, enólogo uruguaio.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

PORTUGUESES EM CURITIBA

Esta semana estiveram em Curitiba os portugueses José Ernesto Silva e Antonio Menezes que pertencem à Confraria Saberes e Sabores da Beira Grão Vasco de Viseu, Portugal. Vieram ao Brasil para a comemoração dos 50 anos da Confraria de Viseu no Rio de Janeiro, e aproveitaram para conhecer Curitiba. Em setembro do ano passado, 2015, nossa confraria esteve em Portugal e fomos recebidas por esta confraria de Viseu. Todos muito simpáticos e acolhedores.
Jantamos ontem com eles na  churrascaria Badida. 

Fotos: Marcia Toccafondo

Depois de discurso da nossa presidente Sandra Zottis e do José Ernesto, decidi que era a hora de começarmos a registrar os feitos da nossa confraria.

O QUE É PARA NÓS ESTA CONFRARIA?

Um momento de encontro, descontração e aprendizado. Degustação e prazer. Há 11 anos o grupo surgiu com reuniões mensais. Sandra Zottis, enóloga, sempre ensinando e presidindo. Inicialmente os encontros eram quase sempre na Vino, rua Comendador Araújo. Aos poucos fomos marcando em outros restaurantes e atualmente muitas reuniões têm sido nas próprias residências ou condomínios. Esta mudança de local foi ocasionada pelo alto preço dos vinhos. Principalmente neste último ano, em que os impostos oneram muito quem gosta de um bom vinho. Mesmo os vinhos mais simples estão custando muito mais do que valem.
Este encontro foi no restaurante Bobardi, em março. Todas estão presentes: Analzira Carneiro, Ana Teresa Londres, Sandra Lunedo, Mônica Meira, Sandra Zottis. Marian Guimarães, Marlene Beck, Isa Pudles, Sueli Rita Martinez, Maria do Carmo Bado, Marcia Toccafondo e Eunice Rocha.